Boleragem Camisa 10

Aos 21 anos, Alexandre Pato ganhou no processo de reformulação comandado por Mano Menezes uma boa sequência de partidas pela Seleção. Visto como uma grande revelação do futebol brasileiro desde 2006, quando surgiu no Internacional, o atacante tem na Copa América a chance a desabrochar como homem-gol do Brasil e, finalmente, ser com a amarelinha o jogador que todos esperam, herdando uma função que foi recentemente de Luis Fabiano.
Mano Menezes confia no sucesso de Pato. O atacante tem 12 jogos pela Seleção Principal e quatro gols.
- Penso que ele pode (ser o atacante que todo mundo espera na Seleção). Pela primeira vez, o Pato está tendo a oportunidade de ter uma sequência na Seleção principal. Mas ele precisa de um pouco de paciência. Sei que isso é difícil no futebol, mas é preciso – disse o treinador.
A primeira convocação de Pato na Seleção foi em março de 2008, para um amistoso comemorativo dos 50 anos do primeiro mundial conquistado pelo Brasil, contra a Suécia. Na ocasião, o jovem estreou bem no time de Dunga: entrou no segundo tempo e fez o único gol do confronto. Apesar da boa estreia, o jogador passou a perder espaço na Seleção. Nas Olimpíadas de Pequim, começou a competição como titular, mas acabou perdendo a vaga na equipe para Jô. E terminou fora da lista da Copa do Mundo de 2010.
Com a chegada de Mano Menezes, um novo ciclo de Pato começou na Seleção Brasileira. Ele esteve em todas as convocações desde que o treinador assumiu o cargo há quase um ano. Foi cortado apenas quando teve lesões, que também o prejudicaram na última temporada. A última quase o tirou da Copa América. Mas, apesar das dificuldades com contusões, o atleta tem teve uma boa temporada com o Milan no Campeonato Italiano. Foram 14 gols e o título da competição.
Pato marcou três gols na Era Mano Menezes e tem se adaptado bem ao lado de Neymar e Robinho, seus companheiros no ataque. A única preocupação do treinador brasileiro é com a ansiedade da população por ver despontar novamente um goleador, depois de passagens marcantes de outros camisas 9.
- Em outras posições, nós já vimos acontecer isso. Quando perdemos Cafu e Roberto Carlos, nós tínhamos que encontrar laterais para substituí-los. Quando os jogadores são marcantes e ficam um período muito longo na Seleção, você enxerga entre eles e os prováveis sucessores uma distância que precisa ser percorrida. A grande injustiça disso é que a gente compara a um ídolo, uma referência, um craque, na sua trajetória final com o jogador que está começando essa trajetória. Então, um pouquinho de calma, e penso que a sua característica é propícia para que jogadores como Pato venham e ocupem este lugar - disse Mano Menezes.